Compartilhando as Responsabilidades de Cuidar

Cuidar do(s) pai(s) ou outro parente ou amigo idoso precisa de trabalho em equipe. Aprenda como neste texto como garantir um cuidado efetivo e como dar apoio para quem está sendo cuidado.

Cuidar de algum membro idoso da família precisa de dedicação e trabalho em conjunto. Enquanto alguém (um sobrinho ou um filho) está ao lado da pessoa idosa e pode auxiliar nas atividades e responsabilidades diárias, você também pode ajudar se estiver distante.

Falando sobre responsabilidades de cuidar

Indian man with his 2 children and 2 grandchildren

Primeiro, tente definir quem será o responsável pelo que. Você pode começar fazendo uma reunião com a família (claro que com os interessados em cuidar) e, caso faça sentido, colocar a pessoa que será cuidada também na discussão. Isto deve ser feito fora de situações de emergência – em momentos de comoção ou emergência, decisões não são tomadas adequadamente. Uma conversa franca ouvindo as opiniões de todos os envolvidos sobre qual tipo de cuidado é necessário no momento, como se dará este cuidado e, principalmente, como será no futuro pode ajudar a eliminar os conflitos e a confusão.

Decida quem pode fazer as tarefas, recorrência e o que deve ser feito. Muitas famílias definem um cuidador principal, mesmo que não seja necessário imediatamente. O cuidador principal é aquele que iniciará os cuidados em caso de emergência.

Combinem antes como cada um pode participar das atividades ou como complementar em outras para que o cuidado seja efetivo e não seja uma obrigação que a pessoa não quer. O ideal é cada um fazer aquilo que conhece, tem experiência e vontade.

Considere seus pontos fortes

Quando conversar sobre quem deve ser responsável pelo que, comece com os pontos fortes de cada um e no que você se sente confortável em fazer. Considere aquilo que você faz bem e como pode ajudar, exemplo:

  • Você é bom em encontrar informação, falar com todo mundo ou ser o ponto de apoio
  • Você é bom em supervisionar ou liderar outros?
  • Você se sente confortável em falar com médicos e enfermeiros, além de saber como passar a informação para os outros?
  • Sua habilidade é com números? Pagamento de contas, gestão de funcionário(s) e folha de pagamento, apólices de seguro e etc?
  • Você é aquele(a) membro da família que consegue resolver o que precisa fazer?
  • Você é uma pessoa que pode e sabe tomar decisões? e, não menos importante,
  • Você quer participar do cuidado de alguém?

Considere seus Limites

Quando conversar sobre quem é responsável pelo que, considere os limites individuais. Pense nas seguintes perguntas:

  • Qual a sua disponibilidade de tempo?
  • Você está disposto a abdicar de atividades pessoais para cuidar de outra pessoa?
  • Você está emocionalmente preparado para encarar inversões de papéis entre você e seu(s) pai(s) – você cuidando dos seus pais ao invés deles cuidarem de você?
  • Você consegue respeitar a independência de opiniões dos outros (até mesmo dos seus pais)?
  • Você consegue ser calmo e assertivo quando fala com os outros?
  • Como a sua decisão de tomar conta de alguém vai afetar sua rotina pessoal/profissional?

Seja realista sobre o quanto você pode se dedicar ao cuidado e o quanto você está disposto a sacrificar. Pense na sua rotina e como ela pode ser adaptada para auxiliar no cuidado a alguém. Se você tem um cuidador externo, você precisa pensar que a pessoa tem folgas, pode faltar um ou outro dia e, principalmente, terá alguns dias de férias.

Lembre-se que as decisões não são soberanas e você pode discutir com todos sobre mudanças e necessidades de alteração das responsabilidades e etc.

Apoiar Cuidados à Distância

Pessoas mais próximas aos idosos geralmente se tornam os cuidadores primários. Você pode apoiar à distância dando apoio emocional ou realizando atividades que podem ser feitas de longe.

Atualmente a tecnologia permite “estar perto” sem realmente estar lá. Você pode utilizar vídeo chamadas, telefone ou email para acompanhar as atividades. Pode chamar motoristas de aplicativo e acompanhar o trajeto. Pode fazer compras e mandar entregar em casa. Pode entrevistar pessoas ou buscar informações sobre residenciais ou necessidades específicas. Ah, pode comprar remédio e também ajudar no pagamento de contas online.

Como ajudar quem cuida

O cuidador principal – especialmente quando falamos do marido e/ou esposa – pode não pedir ajuda ou uma folga. Não esqueça também de observar as necessidades de quem está cuidando do idoso ou da pessoa com necessidades especiais. Em alguns casos, uma pausa pode ser o suficiente para o lado físico. Em outros casos, você deve levar em consideração o lado emocional. Não é fácil cuidar de alguém.

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Sobre BIZZETTO, Marco Aurélio

Marco Aurélio BIZZETTO acredita que o mundo pode ser bem melhor se focarmos novamente nas pessoas e suas necessidades, respeitando suas limitações e diferenças. É especialista em Psicologia Organizacional.
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