Mal de Alzheimer x Segurança no Trânsito

Bons motoristas estão sempre alerta, pensam rápido e tomam decisões em questão de milésimos de segundo. Quando uma pessoa que manifesta sintomas de Alzheimer e não consegue fazer estas coisas, está na hora de parar de dirigir.

Na teoria, estes motoristas deveriam parar de dirigir, mas não acreditam o quanto estão colocando todos em risco.

Se você se preocupa com seu familiar ou amigo que apresentou alguns sintomas de Alzheimer, você tem obrigação de conversar com ele(a) sobre o assunto e sugerir que pare de dirigir. Não deixa de ser um jeito de cuidar de alguém, mesmo que indiretamente.

Sabemos que é difícil conversar com alguém sobre o assunto e sabemos mais ainda o quanto é difícil de aceitar a nova condição, as limitações que isto traz e o nível de dependência (ninguém quer dar trabalho, não é?).

Segurança em Primeiro Lugar

Se alguém tem perda de memória ocasionalmente, isto não deveria ser um problema no volante. O problema é que a pessoa pode não reagir tão rápido quando alguma coisa acontece no caminho. Se você perceber que o tempo de reação diminuiu (não só no trânsito, mas em outras situações também), chegou a hora de ter aquela conversa.

Você pode conversar sobre dirigir apenas durante o dia, em locais conhecidos e sugerir que a pessoa sempre informe a alguém onde está indo.

Outro ponto que deve ser considerado como momento de parar é quando aparecem muitas batidas ou arranhões no carro. Pergunte à pessoa como aconteceram as marcas. Se ela demorar para explicar ou não lembrar o que aconteceu, pode indicar um lapso e pensar em parar.

Como descobrir se a pessoa com início de Alzheimer ainda pode dirigir? A primeira ideia é sair com ela em diferentes horas do dia, em diferentes tipos de vias (rápidas, bairros, grandes avenidas) e de condições meteorológicas. Se não for possível, dê uma de detetive e acompanhe alguns trajetos em outro carro.

Quando você perceber que a situação está complicada, converse com a pessoa. Explique a situação e tente convencê-la. Caso contrário, peça para o médico conversar com ela. Se ainda assim não for possível, aí você pode esconder a chave do carro, desligar a bateria, soltar os cabos de vela… Só não deixe que dirigir vire um risco para ela e os outros.

Existem outras opções de transporte

Se a pessoa com Alzheimer não pode mais dirigir, procure por alternativas para que ela possa se locomover sozinha. Acima de 65 anos, o transporte público é gratuito, taxis podem ser utilizados para trajetos mais curtos. Existem aplicativos que permitem você acompanhar o deslocamento ou até dividir as despesas com vizinhos ou familiares.

Pense nisto, busque alternativas. Não esqueça, segurança em primeiro lugar.

No portal Terceiridade, você pode encontrar motoristas e serviços especializados de leva e traz.

Artigo original postado no site www.nia.nih.gov

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Sobre BIZZETTO, Marco Aurélio

Marco Aurélio BIZZETTO acredita que o mundo pode ser bem melhor se focarmos novamente nas pessoas e suas necessidades, respeitando suas limitações e diferenças. É especialista em Psicologia Organizacional.
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