Quando é hora de parar de dirigir? Parte I

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Este é o primeiro de uma série de 4 textos que aborda o assunto: Quando é a hora de parar de dirigir?

Clique abaixo e veja outros textos da série:

Você já ficou preocupado sobre como você dirige? Algum familiar ou amigo já disseram alguma coisa ou fizeram alguma brincadeira sobre os riscos? O envelhecimento pode afetar seu estilo de dirigir e é preciso decidir quando parar.

Mudanças naturais da saúde e dos reflexos por conta do envelhecimento podem afetar sua maneira de dirigir. Não arrisque nem a sua vida e nem a dos outros. Converse com seu médico sobre sua saúde e sua vontade de dirigir.

Problemas musculares e nas juntas

Conforme envelhecemos, as juntas podem doer ou ficar rígidas e seus músculos podem enfraquecer. Artrite, muito comum em idosos, podem alterar sua maneira de dirigir e seus reflexos. Estas mudanças podem afetar sua capacidades de virar a cabeça, mexer o volante ou frear de maneira rápida.

Dicas para uma direção segura:

  • Consulte seu médico se sentir dor, rigidez nas juntas ou se algum outro problema pode afetar seus reflexos.
  • Se possível, dirija carros com câmbio automático, direção hidráulica, freios ABS e air bags.
  • Faça exercícios físicos regularmente para que você mantenha força nos músculos e flexibilidade de movimentação.
  • Se você tem problemas nas pernas, pense em adaptar o veículo para controles manuais, pode ser caro, mas minimiza o risco.

Problemas de Visão

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Seu campo de visão pode mudar depois de uma certa idade. Pode ser que você tenha dificuldade em enxergar pessoas, coisas ou movimentos que não estão na sua frente. Pode ser que você demore para ler uma placa ou se localizar corretamente. O brilho dos semáforos e das luzes dos outros carros pode ser um problema. Estacionar pode ser outro.

Doenças nos olhos, como glaucoma, cataratas ou degeneração macular podem potencializar os problemas na visão.

Dicas para uma direção segura:

  • Se você tem mais de 65 anos, visite o oftalmologista uma vez ao ano. Se perceber que a visão está cansada, verifique com ele se tem alguma coisa que pode ser feita para melhorar a visão.
  • Se você precisa de óculos ou lentes de contato para ver mais longe enquanto dirige, tenha a certeza de que você está usando o grau correto (estas coisas tendem a piorar)
  • Reduza ou pare de dirigir à noite caso você tenha problemas ou dificuldades para dirigir no escuro. Ah, também evite dirigir quando o sol nasce ou se põe – o sol fica direto na sua linha de visão.

Problemas de audição

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Conforme o tempo vai passando, sua audição pode sofrer alterações. Pode ser que fique mais difícil para perceber buzinas, sirenes ou até barulhos vindo do seu próprio carro. Se você não ouve direito, fica mais difícil identificar alguns sons que necessitam de atenção imediata.

Dicas para uma direção segura:

  • Se você tem mais de 50, faça testes e vá ao médico a cada 3 anos.
  • Converse com seu médico se você tem dificuldades para ouvir. Existem equipamentos que podem melhorar isto.
  • Tente deixar o interior do carro o mais silencioso possível. Isto ajuda na percepção de barulhos externos.

Acesse o portal Terceiridade e encontre profissionais especializados para auxiliar você a cuidar de quem quer bem.

Publicado pelo National Institute on Aging (http://www.nia.nih.gov)

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Como vou saber quando um idoso precisa de ajuda?

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Quando nos preocupamos com um amigo ou parente idoso pode ser um pouco difícil saber quando nossa ajuda será necessária. Existe uma linha muito tênue entre ajudar e ser chamado de intrometido.

Geralmente, os idosos pedem ajuda. Indiretamente. Eles podem dar sinais que estão com dificuldades, porém não dizem exatamente o que precisam (leia mais sobre isto no artigo de 16/3 – Mudanças na Economia…). Pode ser também que eles fiquem doentes de surpresa e um apoio se torna necessário.

Agora, quando estas pessoas que precisam de ajuda estão muito longe, é necessário um trabalho um pouco mais profundo para descobrir possíveis sinais de que uma ajuda se faz necessária e, principalmente, o quanto é necessário ajudar.

Older man in a nursing home

Uma ligação nem sempre é a melhor maneira de saber se o idoso precisa de ajuda. As pessoas não querem “atrapalhar” e são, muitas vezes,”envergonhadas” para admitir que não estão mais dando conta das coisas.

Peça permissão e vá até ela, aos vizinhos, amigos, médico ou alguém mais próximo e se coloque à disposição caso identifiquem algum problema ou preocupação. Veja também se você pode entrar em contato para saber como andam as coisas.

Durante a visita, dá para perceber se algo está errado. Tenha em mãos uma lista com os itens que você vai avaliar. Tente dar uma solução imediata para os itens que você encontrou ou arrume alguém para acompanhar nesta solução.

Alguns pontos para considerar em uma visita presencial:

  • Veja como estão os alimentos, sua condição de armazenamento e datas de validade (evitar intoxicação alimentar).
  • Verifique se não há vazamentos, cheiro de mofo ou poeira em excesso (isto pode trazer problemas respiratórios ou dermatológicos).
  • Analise os medicamento que estão sendo tomados e verifique se a quantidade está compatível com o consumo ideal.
  • Veja se não existem potenciais riscos de queda, como escadas, tapetes, banheiros, chão. Aproveite e verifique se os sapatos estão em bom estado e se podem ser presos aos pés.
  • Verifique se as consultas médicas estão sendo cumpridas
  • Analise o acesso a telefone, para casos de emergência, ou botões SOS (quando existir)
  • Verifique também as condições de higiene nos cômodos, incluindo banheiro

Além de avaliar os itens acima (grande parte associado à segurança e bem estar), tente avaliar o humor e a condição geral de saúde. Em muitos casos, a depressão se confunde com envelhecimento (e não é o caso). Um depressivo pode maquiar o humor quando está conversando em um telefonema, mas não consegue enganar se você estiver mais perto.

Pense nisto.

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Abuso de Idosos

Olá. Hoje o nosso tema é sobre abuso de idosos. Vamos começar com a história de Geraldo.

Aproximadamente 1 em cada 10 idosos com mais de 60 anos são abusados, negligenciados ou explorados financeiramente.

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Geraldo era viúvo e teve um AVC que o deixou impossibilitado de viver sozinho. Seu filho Carlos se ofereceu para ajudar e Geraldo se mudou para a casa dele. Só que havia um probleminha. Carlos e sua esposa trabalhavam o dia todo fora de casa e ficavam ocupados com os filhos à noite. Geraldo odiava ser um fardo para o filho e tentou cuidar de si mesmo, dentro da casa de Carlos.

Certo dia, uma amiga de Geraldo chamada Fátima foi visitá-lo. Ela ficou surpresa ao ver as roupas de Geraldo cheia de manchas de comida e feridas em suas pernas. O quarto onde Geraldo dormia, cheirava urina e mofo. Geraldo parecia depressivo e retraído, bem diferente daquele amigo cheio de alegria que elas conhecia há tempos. Fátima viu que a família estava negligenciando o cuidado com Geraldo e chamou Carlos para conversar e tentar resolver o problema. Carlos entendeu a situação que ele havia criado sem perceber e deu um jeito de organizar a vida e cuidar melhor de seu pai.

Pena que não acontece assim com todos.

Abusos podem acontecer com qualquer um, não importando a idade, sexo, raça, religião ou cor. A cada ano, centenas de milhares de adultos com mais de 60 anos, são abusados, negligenciados ou explorados financeiramente. Isto é chamado de abuso ao idoso. Abusos podem acontecer em vários lugares, incluindo seus própria casa, a casa de um amigo ou familiar, residenciais ou asilos.

Tipos de abuso

Existem diferentes tipos de abuso. Vamos tentar listar aqui os seis tipos mais conhecidos.

  • Abuso Físico: acontece quando alguém machuca o idoso por tapas, empurrões, socos ou até movimentos mais agressivos em atividades rotineiras.
  • Abuso Psicológico ou Emocional: aqui é quando as pessoas maltratam através de palavras, gritos e ameaças. Isolar o idoso da convivência de seus amigos ou familiares ou ignorar quando o idoso chama ou pede ajuda também são formas de abuso emocional.
  • Golpe Financeiro: acontece quando existe apropriação indevida de dinheiro e bens materiais. Saque de aposentadorias ou pensões, retiradas de dinheiro em espécie, utilização de cartões de crédito e etc. Alterações de contas bancárias, testamentos, beneficiário de seguro de vida ou até transferir imóveis sem a permissão do idoso. Não esqueçam dos golpes dos bilhetes premiados, processos judiciais inexistentes ou as “inocentes” ajudas nos caixas eletrônicos.
  • Negligência: ocorre quando a pessoa que cuida do idoso não responde às necessidades que a pessoa possui (higiene, alimentação, cuidados, etc).
  • Abandono: deixar o idoso sozinho sem planejamento de cuidado ou atenção.
  • Abuso Sexual: envolve forçar um idoso a assistir ou participar de algum tipo de ato sexual sem seu consenso.

Quem geralmente é abusado?

Acontece com qualquer idoso, na maioria mulheres – dos mais de 30 milhões de brasileiros e brasileiras com mais de 60 anos em 2017, as mulheres representam 56% e os homens 44% do total. Em grande parte são idosos que não possuem família ou amigos por perto, pessoas com algum tipo de deficiência, problemas de memória ou demência. Afeta também aqueles que depende de outros para atividades diárias, como banhos, alimentação, medicação ou que demandam cuidados intensos.

Leia Mais: Fundo de População da ONU alerta para violência contra idosos no Brasil

Como identificar sinais de abuso?

Você pode perceber sinais de abuso em situações e itens que não se dá muita importância no dia a dia. Veja alguns exemplos abaixo:

  • Marcas pelo corpo, como hematomas, cortes e arranhões
  • Roupas com rasgos, sujas
  • Objetos pessoais quebrados (ex. óculos)
  • Perda de peso súbita, desidratação
  • Cabelos e unhas mal cuidados
  • Aparência de “dopado”
  • Medo de discutir o assunto
  • Mudanças de comportamento
  • Isolamento dos amigos e familiares

Denunciando abusos

Abuso aos idosos não para sozinho. Alguém precisa fazer algo para ajudar. O estatuto do idoso foi criado para regular e assegurar os direitos dos idosos (clique aqui para baixar o Estatuto do Idoso 3a. Edição). Os idosos não são as melhores pessoas para denunciar o abuso, seja porque não conseguem ou seja por medo de represálias e piorar a situação.

Se você acha que alguém está sendo abusado, seja física, emocional ou financeiramente, tente conversar com a pessoa isoladamente (se for possível). Ofereça ajuda. Se não for possível conversar, utilize-se de tecnologia para identificar os abusos, onde e como ocorrem, se houveram movimentações financeiras atípicas, se houve mudança de testamento ou contratação de seguros que você desconhece e etc.

Existem também alguns canais que podem auxiliar:

  1. Telefone: Disque 100 – contato direto com a ouvidoria nacional dos direitos humanos
  2. Internet: Humaniza Redes – Pacto Nacional de Enfrentamento às Violações de Direitos Humanos
  3. Polícia: Ligue para a polícia para reportar os abusos

Você pode ajudar a quem precisa. Pense nisto.

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