Cuidados à distância: truques e dicas

Cuidar de alguém não é fácil, especialmente se você se preocupa com algum amigo ou parente idoso que mora longe. Aqui, vamos tentar passar algumas dicas de como ser efetivo no cuidado, mesmo estando longe. Cuidados à longa distância apresenta alguns desafios específicos.

Saiba o que precisa saber

Older woman in a wheelchair and her daughter

Cuidadores experientes recomendam que você aprenda o máximo que puder sobre a doença do seu amigo ou parente, medicamentos e recursos disponíveis para tratamento. Saber das coisas pode ajudar você a entender o que está acontecendo, se antecipar em caso de piora, prevenir crises e ajudar nos cuidados com a saúde, sem mencionar que facilita conversar e fazer perguntas ao médico quando necessário.

Defina um responsável com permissão por escrito para movimentações financeiras ou para receber informações médicas. Esta pessoa deve também saber tudo sobre os planos de saúde contratados, limites e regras. Tente colocar as informações possíveis em local de fácil acesso, seja impresso ou online. Deve conter todas as informações relacionadas a documentos, médicos, remédios que são tomados, números de emergência, finanças, planos de saúde, e etc.

Planeje suas visitas

Quando você visita alguém, principalmente que precisa de cuidados, você pode achar que é muita coisa para ser feita em pouco tempo. Para minimizar o stress e fazer tudo o que precisa, você pode planejar sua visita antecipadamente.

O planejamento inclui saber quais são as necessidades que devem ser atendidas, médicos que precisam ser agendados, pessoas que devem ser contactadas enquanto você estiver por lá.

Tente fazer coisas não relacionadas à cuidados. Quem sabe você pode ir ao cinema ou planejar a visita a algum amigo ou familiar. Busque fazer coisas que possam relaxar e criar lembranças. O tempo é curto, não esqueça.

Entre em contato e fique em contato

Muitas famílias organizam conference-calls com médicos e residenciais para que vários familiares possam participar da discussão e estarem informados sobre o familiar e a evolução de sua saúde/tratamento. Se o seu familiar está em uma casa de repouso ou residencial, conversar com assistentes sociais pode ser uma alternativa para auxiliar na tomada de decisão. Outra maneira de ficar em contato é conversar com amigos que já passaram pela mesma situação e podem dar uma visão realista.

Em outros casos, ter uma linha de telefone instalada no quarto do idoso que está em casa de repouso, os ajuda a manter o contato constante. O mais comum hoje em dia é dar um telefone para a vovó (e ensiná-la como utilizar) dá a todos um senso de segurança. Existem telefones que tem botões de SOS e podem ser extremamente úteis em emergências.

Saiba mais como cuidar de alguém

Seja você um cuidador próximo ou distante, saber como cuidar é importante. Participar de treinamentos presenciais ou on-line pode fazer bastante diferença. Com tantas coisas que fazemos hoje em dia, acabamos por não ter as competências necessárias para cuidar de alguém (simplesmente fazemos o que acreditamos ser melhor). Por exemplo, nos treinamentos você pode aprender como mover com segurança alguém da cama para uma cadeira de rodas ou vice-versa, aprende como dar banho e até prevenir escaras e machucados, sem esquecer das noções de primeiros socorros que são importantes em qualquer ocasião.

Procure algum centro especializado para aprender um pouco mais sobre como cuidar de alguém. Se não for para você como cuidador, servirá, pelo menos para você saber se estão fazendo corretamente.

www.terceiridade.com.br

No portal Terceiridade (www.terceiridade.com.br) você encontra profissionais especializados em trazer saúde e bem estar para aqueles que você quer bem.

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Quando é hora de parar de dirigir? Parte IV

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Você me convenceu. Eu paro de dirigir. E como faço agora? Esta é a quarta e última parte da série: Quando parar de dirigir?

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Imagino que você deve estar preocupado que não conseguirá fazer as coisas que fazia só porque parou de dirigir. Muita gente tem esta preocupação, mas atualmente existem diversas maneiras de circular pela cidade.

Maiores de 65 anos não pagam transporte público (seja ônibus, metrô ou trem) na maioria das cidades. Existem isenções para tarifas de ônibus intermunicipais e interestaduais.
Algumas cidades, como São Paulo por exemplo, é necessário se cadastrar junto à empresa que fornece o transporte para ter acesso à gratuidade – verifique quais são os requisitos para a sua cidade.

Pense em utilizar táxi ou transporte por aplicativo (Uber e outros). Você pode pedir uma caroninha a amigos ou familiares, ou até criar grupos no seu bairro ou sua comunidade. Algumas prefeituras disponibilizam vans específicas para levar e trazer os idosos e pessoas com dificuldade de locomoção para consultas médias ou exames.

Você pode até contratar motoristas particulares para transportes específicos e com hora marcada, tipo leva e traz.

Existem diversas alternativas. Ah, não esqueça que atualmente muitos serviços podem ser prestados diretamente em domicílio, como consultas médicas, coleta de exames, cartórios para reconhecimento de firma e etc.

Outras dicas úteis (se você ainda dirige)

Antes de sair de casa:

  • Planeje o trajeto por caminhos que você conheça
  • Dirija para lugares perto e fáceis de chegar e sair.
  • Evite lugares de muito movimento ou trânsito rápido
  • Saia um pouco mais cedo se você identifica condições arriscadas (chuva, neblina)
  • Limite suas saídas durante à noite.
  • Não dirija se você está estressado ou cansado.

Enquanto você dirige:

  • Sempre use o cinto de segurança e tenha certeza que os passageiros também estão de cinto
  • Nunca esqueça seus óculos e/ou aparelhos auditivos (se você depende deles)
  • Não mexa no celular.
  • Evite distrações como comer, ouvir rádio ou conversar

Acesse o portal Terceiridade e encontre profissionais especializados para auxiliar você a cuidar de quem quer bem.

Publicado pelo National Institute on Aging (http://nia.nih.gov)

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Compartilhando as Responsabilidades de Cuidar

Cuidar do(s) pai(s) ou outro parente ou amigo idoso precisa de trabalho em equipe. Aprenda como neste texto como garantir um cuidado efetivo e como dar apoio para quem está sendo cuidado.

Cuidar de algum membro idoso da família precisa de dedicação e trabalho em conjunto. Enquanto alguém (um sobrinho ou um filho) está ao lado da pessoa idosa e pode auxiliar nas atividades e responsabilidades diárias, você também pode ajudar se estiver distante.

Falando sobre responsabilidades de cuidar

Indian man with his 2 children and 2 grandchildren

Primeiro, tente definir quem será o responsável pelo que. Você pode começar fazendo uma reunião com a família (claro que com os interessados em cuidar) e, caso faça sentido, colocar a pessoa que será cuidada também na discussão. Isto deve ser feito fora de situações de emergência – em momentos de comoção ou emergência, decisões não são tomadas adequadamente. Uma conversa franca ouvindo as opiniões de todos os envolvidos sobre qual tipo de cuidado é necessário no momento, como se dará este cuidado e, principalmente, como será no futuro pode ajudar a eliminar os conflitos e a confusão.

Decida quem pode fazer as tarefas, recorrência e o que deve ser feito. Muitas famílias definem um cuidador principal, mesmo que não seja necessário imediatamente. O cuidador principal é aquele que iniciará os cuidados em caso de emergência.

Combinem antes como cada um pode participar das atividades ou como complementar em outras para que o cuidado seja efetivo e não seja uma obrigação que a pessoa não quer. O ideal é cada um fazer aquilo que conhece, tem experiência e vontade.

Considere seus pontos fortes

Quando conversar sobre quem deve ser responsável pelo que, comece com os pontos fortes de cada um e no que você se sente confortável em fazer. Considere aquilo que você faz bem e como pode ajudar, exemplo:

  • Você é bom em encontrar informação, falar com todo mundo ou ser o ponto de apoio
  • Você é bom em supervisionar ou liderar outros?
  • Você se sente confortável em falar com médicos e enfermeiros, além de saber como passar a informação para os outros?
  • Sua habilidade é com números? Pagamento de contas, gestão de funcionário(s) e folha de pagamento, apólices de seguro e etc?
  • Você é aquele(a) membro da família que consegue resolver o que precisa fazer?
  • Você é uma pessoa que pode e sabe tomar decisões? e, não menos importante,
  • Você quer participar do cuidado de alguém?

Considere seus Limites

Quando conversar sobre quem é responsável pelo que, considere os limites individuais. Pense nas seguintes perguntas:

  • Qual a sua disponibilidade de tempo?
  • Você está disposto a abdicar de atividades pessoais para cuidar de outra pessoa?
  • Você está emocionalmente preparado para encarar inversões de papéis entre você e seu(s) pai(s) – você cuidando dos seus pais ao invés deles cuidarem de você?
  • Você consegue respeitar a independência de opiniões dos outros (até mesmo dos seus pais)?
  • Você consegue ser calmo e assertivo quando fala com os outros?
  • Como a sua decisão de tomar conta de alguém vai afetar sua rotina pessoal/profissional?

Seja realista sobre o quanto você pode se dedicar ao cuidado e o quanto você está disposto a sacrificar. Pense na sua rotina e como ela pode ser adaptada para auxiliar no cuidado a alguém. Se você tem um cuidador externo, você precisa pensar que a pessoa tem folgas, pode faltar um ou outro dia e, principalmente, terá alguns dias de férias.

Lembre-se que as decisões não são soberanas e você pode discutir com todos sobre mudanças e necessidades de alteração das responsabilidades e etc.

Apoiar Cuidados à Distância

Pessoas mais próximas aos idosos geralmente se tornam os cuidadores primários. Você pode apoiar à distância dando apoio emocional ou realizando atividades que podem ser feitas de longe.

Atualmente a tecnologia permite “estar perto” sem realmente estar lá. Você pode utilizar vídeo chamadas, telefone ou email para acompanhar as atividades. Pode chamar motoristas de aplicativo e acompanhar o trajeto. Pode fazer compras e mandar entregar em casa. Pode entrevistar pessoas ou buscar informações sobre residenciais ou necessidades específicas. Ah, pode comprar remédio e também ajudar no pagamento de contas online.

Como ajudar quem cuida

O cuidador principal – especialmente quando falamos do marido e/ou esposa – pode não pedir ajuda ou uma folga. Não esqueça também de observar as necessidades de quem está cuidando do idoso ou da pessoa com necessidades especiais. Em alguns casos, uma pausa pode ser o suficiente para o lado físico. Em outros casos, você deve levar em consideração o lado emocional. Não é fácil cuidar de alguém.

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