Está preocupado com algum membro da família ou amigo já idoso que ainda dirige? Às vezes é difícil para a própria pessoa identificar qual é o momento certo de parar e evitar riscos para ela e para os outros. Esta é a terceira parte de uma série de quatro textos que abordam o momento certo de parar de dirigir.
Clique abaixo e veja outros textos da série: Quando é hora de parar de dirigir?
- Parte I – Problemas físicos
- Parte II – Tempo de reação e reflexos
- Parte III – Como abordar?
- Parte IV – E agora? Como faço?
Seria interessante você observar como estas pessoas dirigem e tentar convencê-los a trocar o tipo de transporte. Se não for possível observar como eles dirigem, fique atento a estes sinais:
- Muitos acidentes, ralados e/ou novas marcas nos para choques e laterais do carro.
- Duas ou mais multas nos últimos 6 meses.
- Aumento do valor do seguro devido à utilização de franquia.
- Comentários de vizinhos e amigos sobre como a pessoa dirige
- Ansiedade quando dirige à noite
- Problemas de saúde que podem afetar a capacidade de direção. Incluindo-se aí problemas de visão, audição e restrição de movimento.
- Reclamações sobre velocidade, mudança de faixa sem sinalizar, stress, “tirar finas” dos outros carros
- Recomendações do médico sobre modificar os hábitos de dirigir ou sobre pendurar as chuteiras.
Como ter a conversa sobre direção
Conversar com um idoso sobre dirigir geralmente é complicado. Na cabeça deles, ainda estão fortes, espertos e preparados. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a ter esta conversa.
- Esteja Preparado. Descubra maneiras de ajudar aqueles que não podem mais dirigir. Veja quais são as necessidades, possibilidades de locomoção sem precisar dirigir, ferramentas e aplicativos de transporte.
- Evite o confronto. Use “EU” ao invés de “VOCÊ”. Por exemplo, diga: “Eu estou preocupado com a sua segurança quando você dirige” ao invés de dizer “Você não pode mais dirigir.”
- Foque no problema. Converse sobre as capacidades e limitações de dirigir, não sobre a idade.
- Converse sobre segurança e independência. Seja transparente se o objetivo é deixar o idoso continuar as tarefas rotineiras ao mesmo tempo que o mantém seguro. Ofereça opções para continuar mantendo a independência. Desafie-o a encontrar alternativas caso não seja possível dirigir.
- Seja positivo e dê apoio. Reconheça a importância da carteira de motorista para o idoso. Entenda que ele pode ficar na defensiva, bravo, ou magoado. Você pode dizer: “Eu entendo que isto pode deixar você bravo” ou “Vamos pensar juntos em uma solução.”
Chegou a hora de parar de dirigir?
Todos nos envelhecemos diferentes. Por esta razão não é possível definir uma idade que todos deveriam parar de dirigir. Será que é hora de parar? Para ajudar na decisão, se faça as seguintes perguntas:
- Os outros motoristas buzinam muito para mim?
- Será que estou tendo muito acidente? Mesmo se forem só raladinhas no para choque?
- Eu me perco para chegar em lugares que eu estava acostumado?
- Carros ou pessoas andando geralmente aparecem do nada?
- Me distraio muito enquanto dirijo?
- Algum familiar, amigo ou meu médico já me disse que está preocupado comigo ao volante?
- Estou dirigindo menos porque não tenho certeza sobre minhas habilidades como eu tinha antes?
- Estou com problemas em me manter na faixa?
- Eu tenho problema com os pedais de freio e acelerador? Eu confundo os pedais?
Se você respondeu “Sim” para qualquer uma das questões acima, pode ser que seja hora de discutir com seu médico sobre continuar ou não a dirigir.
Acesse o portal Terceiridade e encontre profissionais especializados para auxiliar você a cuidar de quem quer bem.
Fonte: National Institute of Aging – EUA (www.nia.nih.gov)