Evitando Tombos

A maioria das fraturas provocadas pela osteoporose surge depois de uma queda ou pequeno traumatismo. Infelizmente, com o avançar da idade não é só o risco de osteoporose que aumenta; a sua probabilidade de cair também é maior. Ao contrário do que pode pensar, as quedas e os acidentes raramente “acontecem”. De fato, podem ser tomadas muitas medidas simples que reduzem a possibilidade deles ocorrerem. Tenha consciência de que para fazer uma mudança nos seus hábitos vai ser necessário bastante empenho da sua parte.

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Para reduzir as suas chances de tombos, é muito importante que:

  • Reconheça os motivos, seus ou do seu ambiente que podem levar você a cair;
  • Corrija hábitos e atitudes que possam favorecer quedas;
  • Torne a sua casa mais segura e à prova de queda, já que a maioria das quedas que provocam uma fratura acontecem em casa.

Alguns cuidados

  • Faça regularmente uma avaliação da sua visão e da audição;
  • Aprenda a reconhecer as chances em que as hipóteses de cair são maiores (durante stress emocional, quando começa um novo medicamento, quando está se recuperando de uma doença prolongada, etc.)
  • Informe o seu médico de todos os medicamentos utiliza;
  • Nunca altere a dose de um medicamento sem falar com o seu médico, nem tome nada que não lhe tenha sido receitado;
  • Se está tomando medicamentos para a hipertensão e tem tonturas com frequência, informe o seu médico;
  • Se está tomando medicamentos para tratar uma depressão ou para dormir, tenha cuidado para não tomar mais que a dose recomendada;
  • Levante-se e deite-se devagar para evitar tontura repentina;
  • Escolha um calçado adequado: compre sapatos que suportem bem a arcada do pé, com solas não derrapantes, sem saltos e que possam ficar bem presos ao pé;
  • Evite andar em casa só com meias, principalmente em chão escorregadio;
  • Evite usar chinelos que estejam largos ou sapatos com solas muito gastas;
  • Sente-se enquanto veste as calças e as meias ou calça os sapatos;
  • Pratique exercício: é bom para a massa óssea, fortalece os músculos, melhora a postura, a coordenação motora, a flexibilidade e os reflexos – é fundamental para evitar as quedas;
  • Limite o consumo de bebidas alcoólicas: mesmo uma pequena quantidade de álcool pode ser prejudicial se você tem alguma dificuldade de equilíbrio e reflexos fracos;
  • Informe-se com o seu médico sobre a necessidade de usar protetores de quadris/bacia;
  • Ao tomar banho não se torça para lavar as costas ou os pés: use uma escova/esponja com cabo longo;
  • Quando estiver escovando os dentes ou fazendo a barba, dobre ligeiramente os joelhos e encoste-s e ao lavatório para diminuir o esforço na coluna;
  • Não torça o corpo para sair da cama: role até ficar deitado de lado, dobre as pernas e coloque-as para fora da cama ao mesmo tempo que, com a ajuda dos braços, levanta o tronco;
  • Na cozinha, sempre que puder trabalhe sentado(a) (ex. ao descascar batatas ou legumes);
  • Se tem animais de estimação tenha atenção para não tropeçar neles;
  • Se estiver constipado, coloque uma mão na barriga e outra nas costas, para segurar a coluna, sempre que tossir ou espirrar.

Torne segura a sua casa:

  • Ao descer umas escadas agarre sempre o corrimão, o ideal seria as escadas terem corrimão também do lado da parede;
  • Se possível marque o primeiro e o último degrau da escada com uma fita brilhante;
  • Nunca suba ou desça umas escadas sem acender a luz;
  • Tenha sempre a casa bem iluminada;
  • Use sempre iluminação à cabeceira da cama ou um interruptor que possa ligar antes de se levantar;
  • Certifique-se que todos os interruptores da casa podem ser facilmente alcançados, mesmo se estiver caído no chão.
  • Verifique todos os pisos de madeira para ver se existem saliências onde possa tropeçar;
  • Elimine os tapetes, mas se os quiser utilizar assegure-se que estão bem fixados com fitas anti-derrapantes;
  • Evite ter superfícies enceradas;
  • Afaste os fios elétricos e de telefone para junto das paredes e longe das superfícies de circulação e disponha a mobília de modo a que mesas pequenas ou banquetas não sejam obstáculos;
  • Compre cadeirões e sofás em que seja fácil sentar-se ou levantar-se;
  • O material de cozinha que utiliza todos os dias deve estar sempre ao alcance da mão, para evitar inclinações desnecessárias do tronco ou subidas para bancos ou escadotes.
  • Instale barras de suporte nas paredes junto à banheira ou chuveiro e junto ao vaso sanitário;
  • Use tapete ou tinta antiderrapante no chão da banheira ou chuveiro;
  • Use um banco de chuveiro, que permite tomar banho/ducha sentada;
  • Prefira usar um edredon quente e leve do que cobertores muito pesados;
  • Tenha ao nível da cintura todos os utensílios, alimentos e produtos de limpeza que utiliza frequentemente, evite esticar-se ou dobrar-se demasiado.

Mantenha-se alerta quando estiver na rua:

  • Preste atenção quando está em lugares que não lhe são familiares ou que são mal iluminados;
  • Mesmo uma altura tão pequena como guia de calçada pode representar um risco, por isso caminhe pela parte de dentro das calçadas;
  • Tenha atenção ao piso, principalmente nos dias de chuva;
  • Se costuma ter tonturas ou tem dificuldades na marcha não hesite em usar uma bengala, um bastão ou um andador;
  • Ande devagar, acidentes tem mais chance de acontecer quando você está apressado;
  • Entre no carro de forma calma, sente-se e depois rode as pernas para dentro, e ao sair faça os movimentos ao contrário, rode as pernas para fora e depois levante-se.

Prevenir as quedas e os traumatismos é tão importante como tomar de forma correta os medicamentos para a osteoporose!

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Quando é hora de parar de dirigir? Parte III – Abordagem

Ouça este texto

Está preocupado com algum membro da família ou amigo já idoso que ainda dirige? Às vezes é difícil para a própria pessoa identificar qual é o momento certo de parar e evitar riscos para ela e para os outros. Esta é a terceira parte de uma série de quatro textos que abordam o momento certo de parar de dirigir.

Clique abaixo e veja outros textos da série: Quando é hora de parar de dirigir?

Seria interessante você observar como estas pessoas dirigem e tentar convencê-los a trocar o tipo de transporte. Se não for possível observar como eles dirigem, fique atento a estes sinais:

  • Muitos acidentes, ralados e/ou novas marcas nos para choques e laterais do carro.
  • Duas ou mais multas nos últimos 6 meses.
  • Aumento do valor do seguro devido à utilização de franquia.
  • Comentários de vizinhos e amigos sobre como a pessoa dirige
  • Ansiedade quando dirige à noite
  • Problemas de saúde que podem afetar a capacidade de direção. Incluindo-se aí problemas de visão, audição e restrição de movimento.
  • Reclamações sobre velocidade, mudança de faixa sem sinalizar, stress, “tirar finas” dos outros carros
  • Recomendações do médico sobre modificar os hábitos de dirigir ou sobre pendurar as chuteiras.

Como ter a conversa sobre direção

Conversar com um idoso sobre dirigir geralmente é complicado. Na cabeça deles, ainda estão fortes, espertos e preparados. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a ter esta conversa.

  • Esteja Preparado. Descubra maneiras de ajudar aqueles que não podem mais dirigir. Veja quais são as necessidades, possibilidades de locomoção sem precisar dirigir, ferramentas e aplicativos de transporte.
  • Evite o confronto. Use “EU” ao invés de “VOCÊ”. Por exemplo, diga: “Eu estou preocupado com a sua segurança quando você dirige” ao invés de dizer “Você não pode mais dirigir.”
  • Foque no problema. Converse sobre as capacidades e limitações de dirigir, não sobre a idade.
  • Converse sobre segurança e independência. Seja transparente se o objetivo é deixar o idoso continuar as tarefas rotineiras ao mesmo tempo que o mantém seguro. Ofereça opções para continuar mantendo a independência. Desafie-o a encontrar alternativas caso não seja possível dirigir.
  • Seja positivo e dê apoio. Reconheça a importância da carteira de motorista para o idoso. Entenda que ele pode ficar na defensiva, bravo, ou magoado. Você pode dizer: “Eu entendo que isto pode deixar você bravo” ou “Vamos pensar juntos em uma solução.”

Chegou a hora de parar de dirigir?

Todos nos envelhecemos diferentes. Por esta razão não é possível definir uma idade que todos deveriam parar de dirigir. Será que é hora de parar? Para ajudar na decisão, se faça as seguintes perguntas:

  • Os outros motoristas buzinam muito para mim?
  • Será que estou tendo muito acidente? Mesmo se forem só raladinhas no para choque?
  • Eu me perco para chegar em lugares que eu estava acostumado?
  • Carros ou pessoas andando geralmente aparecem do nada?
  • Me distraio muito enquanto dirijo?
  • Algum familiar, amigo ou meu médico já me disse que está preocupado comigo ao volante?
  • Estou dirigindo menos porque não tenho certeza sobre minhas habilidades como eu tinha antes?
  • Estou com problemas em me manter na faixa?
  • Eu tenho problema com os pedais de freio e acelerador? Eu confundo os pedais?

Se você respondeu “Sim” para qualquer uma das questões acima, pode ser que seja hora de discutir com seu médico sobre continuar ou não a dirigir.

www.terceiridade.com.br

Acesse o portal Terceiridade e encontre profissionais especializados para auxiliar você a cuidar de quem quer bem.

Fonte: National Institute of Aging – EUA (www.nia.nih.gov)

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Quando é a hora de parar de dirigir? Parte II

Ouça este trecho

Esta é a segunda de quatro partes da série: Quando é a hora de parar de dirigir?

Clique abaixo e veja outros textos da série

Nos primeiros estágios do mal de Alzheimer ou outros tipos de demência (leia mais sobre demência aqui) algumas pessoas podem dirigir normalmente. Mas, à medida que a memória e a tomada de decisão começam a piorar, estas pessoas precisam parar de dirigir, por decisão própria ou por sugestão de alguém.

Pessoas com demência, geralmente não sabem que estão com problemas para dirigir. Familiares e amigos precisam monitorar os motoristas e suas habilidades, além de tomar medidas quando identificarem possíveis problemas, como a desorientação em lugares comuns e conhecidos ou até o caminho para voltar para casa. Pode ser interessante trabalhar junto com o médico para mostrar à pessoa que não é tão seguro dirigir.

Saiba mais sobre segurança no volante e mal de Alzheimer.

Tempo de reação e reflexos

Conforme o tempo passa, seus reflexos podem diminuir e você pode não reagir como fazia no passado. Você pode até achar que é uma besteira, mas fazer duas coisas ao mesmo tempo pode ser mais difícil. Problemas de juntas ou músculos mais fracos (que falamos na parte I) podem contribuir para a dificuldade na reação e reflexos. Perda de sensibilidade nas pontas dos dedos das mãos e pés, por mais que não pareçam, podem influenciar no problema. Mal de Parkinson ou dificuldades de movimentos após derrames também ajudam na decisão de parar de dirigir.

Dicas para uma direção segura:

  • Mantenha distância maior entre o seu carro e o carro da frente.
  • Comece a frear um pouco antes.
  • Evite muito trânsito ou o horário do rush o máximo que puder.
  • Se você tem que andar em vias rápidas, mantenha a direita. A velocidade na faixa da direita geralmente é mais baixa que nas outras faixas.

Remédios podem afetar a direção

Ouça este trecho

Você toma algum remédio que faz você se sentir sonolento, tonto ou menos alerta que o normal? Algum dos medicamentos que você toma mencionam na bula que é arriscado dirigir ou manejar equipamentos? Remédios podem trazer efeitos que fazem a direção se tornar perigosa. Preste atenção como estes medicamentos afetam seu jeito de dirigir.

Dicas para uma direção segura:

  • Leia a bula dos remédios. Se preocupe com os efeitos e riscos associados.
  • Faça uma lista de todos os remédios que você toma e fale com seu médico. Combinados, eles podem afetar o seu jeito de dirigir.
  • Não dirija se você está sentindo sono ou tontura.

Seja um motorista consciente

Ouça este trecho

Se você sabe que dirigir à noite, na estrada ou com tempo nublado é um problema para você, não dirija. Outros motoristas também podem tem problemas em dirigir em pista dupla, problemas com a luz dos outros carros, problemas para para fazer curvas, ultrapassagens ou até se manter na faixa de rolamento.

Não pense que você é indestrutível.

Dicas para uma direção segura:

  • Peça para algum amigo ou familiar avaliar como estão suas habilidades ao volante.
  • Faça um curso de direção defensiva, saiba como se comportar nas diferentes situações.
  • Mau tempo, chuva ou neblina podem dificultar as coisas. Tente esperar até o tempo dar uma melhorada ou utilize transporte público, táxis ou algum outro tipo de transporte.
  • Evite áreas onde dirigir pode ser um problema. Se você não gosta muito de trânsito ou avenidas de via rápida, prefira ir pelos bairros ou faça caminhos alternativos.
  • Veja com seu médico se os remédios que você toma ou algum dos seus problemas de saúde podem ser um risco para você ou para o trânsito.
  • Se estiver na dúvida, não dirija. Decidir parar é melhor do que decidirem por você.


Acesse o portal Terceiridade e encontre profissionais especializados para auxiliar você a cuidar de quem quer bem.

Fonte: National Institute of Aging – EUA (www.nia.nih.gov)

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